Uma moradora de Garibaldi, tornou-se vítima de um golpe de estelionato que ocorreu na terça-feira (19), e foi oficialmente registrado na Delegacia de Polícia de Carlos Barbosa nesta quinta-feira (21).
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima recebeu uma ligação de um número de telefone cujo prefixo era idêntico ao da agência bancária na qual possui uma conta. Do outro lado da linha, uma pessoa se apresentou como funcionário do banco e informou que o aplicativo da agência estava sob ameaça de invasão. O suposto funcionário, habilidoso em seu discurso, recomendou que a vítima transferisse os valores de sua conta para outra, supostamente de um gerente da instituição financeira, a fim de proteger seu dinheiro.
A vítima, surpresa com a situação e acreditando estar em uma chamada oficial do banco, acabou acatando a recomendação do golpista. Este, de maneira precisa, mencionou o valor exato que estava depositado na conta da mulher, totalizando R$ 23.400,00. A vítima efetuou duas transferências conforme as instruções recebidas: uma de R$ 7.200,00 para uma conta e o restante, R$ 16.200,00, para outra.
Após perceber que havia caído em um golpe de estelionato, a vítima imediatamente procurou as autoridades para registrar o ocorrido. A Polícia Civil está investigando o caso, lembrando que instituições financeiras legítimas não solicitam informações pessoais ou transações financeiras por telefone.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) emitiu um alerta importante sobre um novo golpe que está se tornando cada vez mais comum, envolvendo falsas centrais telefônicas. Golpistas estão utilizando SMS e aplicativos de mensagem para informar os clientes sobre transações suspeitas de alto valor em compras no varejo. Eles solicitam que o cliente entre em contato com uma suposta central de atendimento através de um número 0800, supostamente associado a um banco ou área de cartões de crédito.
O truque usado pelos golpistas é incluir um número 0800 na mensagem, o que aparenta ser uma central telefônica oficial de uma instituição financeira. Essa tática visa aumentar a credibilidade da mensagem aos olhos da vítima.
No entanto, a Febraban esclarece que isso é um golpe de engenharia social, no qual os criminosos usam técnicas para iludir as pessoas e obter informações confidenciais, como senhas e números de cartões. Além disso, eles induzem as vítimas a realizar transações financeiras em favor dos golpistas.
O golpe geralmente começa com uma mensagem que informa sobre uma compra aprovada em um valor específico em uma loja de varejo conhecida. Os golpistas instruem a vítima a confirmar a transação digitando o número 1. Se a vítima não reconhecer a transação, é orientada a ligar para o número 0800 fornecido na mensagem.
Uma vez que a vítima liga para a falsa central de atendimento, o golpista afirma que a transação está em análise e, portanto, não aparece na fatura da vítima. Para resolver o suposto problema, o golpista instrui a vítima a realizar uma transação para regularizá-lo. Em alguns casos, são solicitados dados pessoais, como número de conta e senha, para cancelar a operação.
A Febraban enfatiza que os clientes nunca devem fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos por SMS ou outras mensagens. Em caso de dúvida, é recomendável ligar para os canais oficiais do banco ou para o gerente. Os bancos legítimos nunca solicitam senhas, tokens ou outros dados pessoais por telefone.
Além disso, os golpistas também podem ligar para os clientes, caso similar ao registrado em Garibaldi, e alegar que suas contas estão sendo fraudadas por um funcionário do próprio banco ou que o aplicativo da agência estaria sob ameaça de invasão. Eles pedem que o cliente transfira dinheiro para uma chave ou conta “segura” para resolver o problema, quando na verdade estão enviando dinheiro para os golpistas.
A Febraban ressalta que a informação é a melhor proteção contra golpes. Os bancos e a Febraban têm investido significativamente em campanhas de conscientização e esclarecimento para evitar que a população caia em golpes, e os clientes devem sempre desconfiar de mensagens ou ligações suspeitas e verificar sua autenticidade com os canais oficiais de seus bancos.