Quatro pequenos tremores foram registrados na madrugada desta segunda-feira (13) no Rio Grande do Sul pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), com dados do Observatório Sismológico da UnB e do Centro de Sismologia da USP. Os eventos, de magnitudes 2,3 e 2,4 na Escala Richter, ocorreram em Caxias do Sul, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, todos na Serra Gaúcha.

Moradores de alguns bairros em Caxias do Sul, como Madureira, Universitário, Jardim América e Pio X, se assustaram com os tremores, mas nenhuma interdição foi necessária, de acordo com o Corpo de Bombeiros, que recebeu 200 chamados entre 3h e 4h. Segundo o geólogo e ex-secretário do Meio Ambiente de Caxias, Nerio Susin, esses fenômenos não têm potencial para causar danos estruturais significativos.

O primeiro tremor na Serra foi registrado pelos simógrafos da UnB e USP à 1h48 desta segunda com magnitude de 2,4 e com epicentro em Bento Gonçalves. O segundo se deu às 2h37 com magnitude de 2,3 em Pinto Bandeira. O terceiro, por sua vez, ocorreu em Caxias do Sul às 2h58 com magnitude de 2,8, o que foi seguido cinco minutos depois por outro abalo com a mesma magnitude também em Caxias.

Conforme o sismólogo Bruno Collaço, da USP, embora seja raro, não se pode descartar uma possível relação entre os tremores e as chuvas extremas e inundações recentes no estado. No entanto, são necessários estudos mais aprofundados para confirmar as causas desses eventos

“Em geral, seriam necessários alguns meses depois das chuvas para tremores desse tipo ocorrerem, mas não se pode descartar essa possibilidade. De qualquer forma, são necessários estudos aprofundados para afirmar com precisão as causas desses sismos”, destaca Bruno.

A região do Rio Grande do Sul possui um histórico de ocorrência de tremores de terra de magnitudes entre 2.0 e 3.0 na Escala Richter. Nos últimos dez anos, a região da Serra Gaúcha registrou 27 sismos. “Portanto, é mais provável que esses sismos tenham causas naturais”, afirma a rede sismográfica.

 

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